A) Introdução
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O ácido
tranexâmico é um agente antifibrinolítico, que age através de mecanismo
competitivo, inibindo a ativação do plasminogênio a plasmina.
- A plasmina é a principal proteína responsável pela dissolução do coágulo sanguíneo. O ácido tranexâmico promove, assim, maior estabilidade do coágulo, sendo bastante utilizado no tratamento dos episódios hemorrágicos nas hemofilias, doença de von Willebrand (DVW) e outras doenças hemorrágicas.
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- O uso do acido tranexâmico substitui com vantagens o uso do ácido épsilon-aminocapróico, agente antifribrinolítico que possui meia-vida plasmática mais curta, menor potência e menos efeitos colaterais.
B) Indicações de uso:
- · Está indicado no controle e prevenção de hemorragias provocadas por hiperfibrinólise e ligadas a várias áreas como cirurgias cardíacas, ortopédicas, ginecológicas, otorrinolaringológicas, urológicas, neurológicas, em pacientes hemofílicos, hemorragias digestivas e das vias aéreas. Angioedema hereditário.
- · O ácido tranexâmico é particularmente útil no controle das hemorragias em mucosas, tais como sangramento oral, pós-extração dentária, menstrual e epistaxes em pacientes com hemofilia e DVW, além de ser indicado no preparo de alguns procedimentos cirúrgicos em pacientes com coagulopatias hereditárias.
- · O ácido tranexâmico pode ser utilizado para o tratamento isolado de algumas hemorragias ou como adjuvante no caso de hemorragias mais volumosas, desta forma, reduzindo o consumo de concentrados de fator, cujo custo é muito superior ao do ácido tranexâmico, além de não apresentar os riscos de transmissão de infecções veiculadas pelo sangue.
C) Administração
- · O ácido tranexâmico pode ser usado isoladamente ou em combinação com concentrado de fatores (exceto com os complexos protrombínicos).
- Em geral, a dose utilizada é de 15-20 mg/Kg de peso por dose a cada 6 ou 8 horas, por via oral, durante 3 – 10 dias, na dependência do local e gravidade do evento hemorrágico.
- · Para sangramentos na cavidade bucal, o ácido tranexâmico pode ser usado como bochecho, através da diluição do comprimido em água ou sob forma de pasta, através da maceração dos comprimidos (1 comp. misturado com soro fisiológico ou solução anestésica), que são colocados em gaze ou mesmo diretamente sobre a ferida cirúrgica.
D) Efeitos Colaterais
- · Náuseas, vômitos e diarréia raramente ocorrem e regridem com a redução da dose.
E) Contra – indicações
- Tratamento de hematúria em pacientes com hemofilia devido ao risco de formação de coágulo e obstrução dos túbulos renais;
- Em cirurgias torácica e abdominal, devido ao risco de ocorrência de hematomas de difícil absorção;
- Em pacientes com hemofilia e inibidor fazendo uso concomitante de complexo protrombínico ativado, devido ao risco de ocorrência de tromboembolismo. Caso esta associação seja necessária, recomenda-se administrar o ácido tranexâmico pelo menos 8 horas após a infusão do complexo protrombínico ativado;
- NÃO tem indicação de uso na prevenção ou tratamento de hemartroses e hematoma muscular em pacientes com hemofilia.
F) Cuidados especiais
- Como sua excreção é renal, a dose deve ser reduzida em caso de insuficiência renal;
- O uso do ácido tranexâmico em pacientes com hipertensão arterial, idade avançada, diabetes mellitus, insuficiência hepática e coronariopatia deve ser realizado com cautela.
Nome comercial :
TRANSAMIN: compr.: emb. c/ 12 compr. de 250mg inj. (250mg/5ml): emb. c/ 5 amp. c/ 5
ml.
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