SEG = ocorre quando a presença de gordura na circulação se associam a manifestações clínicas traduzidas por sinais e sintomas bem definidos.
- O diagnóstico post-mortem , infelizmente , é maior que as suspeitas clínicas para a nosologia
- A apresentação clínica por vezes é fulminante , causando uma embolia pulmonar maciça, que leva a falência aguda e severa do VD , determinando um choque de díficil controle .
- A formas mais grave ocorre em 4% e geralmente no periodo intra-operatório ou nas primeiras horas pós-trauma.
- A forma + comum é mais silenciosa e muitas vezes o diagnóstico é de exclusão e se apresenta com manifestações respiratórias , cutâneas e neurológicas.
ETIOPATOGENIA:
A etiopatogenia bem como a seqüência evolutiva das lesões anatomopatológicas na SEG, ainda não está totalmente esclarecida. Acredita-se que pequenos glóbulos de gordura, originados da medula óssea após a fratura, ganhariam a circulação através das vênulas da substância medular. Ao nível da microcirculação os êmbolos ligar-se-iam às plaquetas, cuja rotura liberaria mediadores químicos (histamina e serotonina) responsáveis por broncoespasmo, alterações de ventilação/perfusão e congestão vascular, que, associados ao aumento dos ácidos graxos livres no interior dos vasos, explicariam as lesões. O aumento das catecolaminas, após trauma grave, mobiliza ácidos graxos livres dos depósitos de gordura, afetando diretamente os pneumócitos (síndrome de angústia respiratória) e ocasionando vasculite tóxica. No local da fratura há liberação de mediadores químicos que afetam a solubilidade dos lipídios, causando coalescência e conseqüente embolização.
Uma queda na concentração plasmática de fibrinogênio, fator V e fator VIII, alguns minutos após a fratura, reflete aumento na coagulação intravascular, ativação de plaquetas e agregação em múltiplos locais, particularmente nos capilares pulmonares. Alguns êmbolos gordurosos atravessam o pulmão e ganham a circulação sistêmica, provavelmente através dos shunts arteriovenosos. Esses êmbolos agregados às plaquetas podem obstruir os pequenos vasos cerebrais, causando isquemia e inflamação reacional.
CLASSIFICAÇÃO DE GURD(1974) - DIAGNÓSTICO DE SEG
- SINAIS MAIORES : -
- RASH PETEQUIAL : preferencialmente nas conjuntivas, mucosa oral e raízes do tronco e pescoço ,sendo praticamente Patognomônico.
- ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS : + frequentes ,44% dos casos, e variam de uma taquipnéia leve até uma síndrome de angustia respiratória grave.
- MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS: variam de discreta agitação ou confusão mental até coma. Alguns casos com posição de descerebração ou convulsões , podendoem alguns casos ser o único sintoma da SEG . Felizmente a regressão das manifestações neurológicas, são totais na grande maioria dos casos e sem apresentar sequelas.
- SINAIS MENORES :
- TAQUICARDIA (FC > 120bpm)
- FEBRE
- ICTERÍCIA
- ANEMIA
- ALTERAÇÕES LABORATORIAIS :
- TROMBOCITOPENIA
- QUEDA DA HB E HTO
- VHS ELEVADA
Sendo que o diagnóstico seria confirmado com a presença de 1 sinal maior e 4 menores .
- Lindeque e cols 1987 contestaram esta classificação e valorizaram mais a presença de alterações respiratórias a) PacO2 > 55 , PaO2 < 60 ,presença de díspneia intensa.
- Rush Petequial:
TRATAMENTO : não existe tratamento específico e consiste em medidas de suporte no sentido de manter a homeostase , como reposição volêmica, aporte de oxigênio e diminuição do stress metabólico .
Medidas controversas como uso de heparina e corticoídes não apresentaram benfício estatisticos ate o momento .
ola....gostaria muito de saber mais sobre embolia gordurosa,meu filho não fala e não tem movimento algum se alimenta por sonda ...isso depois de um grave acidente onde perdeu a perna esquerda,gostaria de saber se existe algo que posso fazer para melhorar a situação,o acidente foi no dia 29 de novembro de 2012...agradeço margarida
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